Balbúrdia

Balbúrdia na Unipampa, Corpo (16/11)
 
 
Balbúrdia na Unipampa, música (26/10)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balbúrdia na Unipampa, animal humano (19/10)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balbúrdia na Unipampa, Infância (28/09)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balbúrdia na Unipampa, Consumo (14/09)
 
 
Balbúrdia Consumo
 
Consumo x Consumismo. Sob essa perspectiva, foi realizado o 10º Balbúrdia. Consumo, um ato normal e obrigatório na sociedade capitalista em que vivemos. Em que momento esse consumo passa a ser prejudicial? – Quando se torna consumismo, ou seja, ação que consiste em consumo exagerado, momento no qual o indivíduo consumidor passa a comprar produtos e serviços supérfluos, sem necessidade e consciência.

Iniciamos esta atividade de extensão, apresentando o vídeo 1406, da banda brasileira de rock cômico, Mamonas Assassinas. Após, o prof. me. Sandro Mendes comentou a música, traçando paralelo com o livro A Felicidade Paradoxal – ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo, de autoria de Gilles Lipovetsky, no qual o autor apresenta as três fases do consumo: 1ª) surgimento dos magazines, fazendo com que os consumidores não se sentissem culpados no ato da compra; 2ª) o consumo passa a ser em massa, surge a sociedade da abundância e os bens duráveis; 3ª) ocorre a criação do crédito, do hiperconsumo, onde o ato de consumir deixa de ser status e passa a ser prazer (LIPOVETSKY, 2007).

Após, exibimos parte do documentário A história das coisas, que mostra a história dos objetos, bem como os problemas sociais e ambientais criados por consequência dos hábitos consumistas da sociedade atual. Logo, o prof. Sandro Mendes, utilizando-se de outro livro de Lipovetsky, A sociedade da decepção (2007), fez alguns comentários a respeito do documentário.

Em seguida, foi passado o vídeo Obsolescência propagada, e seguidamente o prof. Sandro fez alguns comentários e exibiu os vídeos produzidos por ele, juntamente com os alguns alunos do Curso de Letras.

Baseada no livro Simulacro do poder – Uma análise da mídia, da filósofa e historiadora brasileira Marilena Chaui, a profª. drª. Renata Silva falou sobre o surgimento da propaganda. No livro, a autora trata do processo de formação dos discursos midiáticos, influenciados pelas ideologias da esquerda e da direita (CHAUI, 2006).

O prof. Sandro baseou-se no livro Vende-se em 30 segundos – Manual do Roteiro para Filme Publicitário (2010), do autor Tiago Barreto, para falar sobre a propaganda, suas finalidades e suas características.

Logo, exibimos outro vídeo, denominado A criança e o consumo, que apresenta o profundo desagrado de uma criança norte-americana com relação ao consumo obrigatório e designado. No vídeo, uma menina demonstra estar indignada por ter de comprar brinquedos rosa e da Barbie, acredita que as meninas e os meninos devem brincar com aquilo que preferem e não serem impostos a agir de uma determinada forma.

Seguidamente, duas bolsistas da profª. Renata, Natália Araújo e Virgínia Caetano, apresentaram ao público balburdiano suas propostas de trabalho, ambas relacionadas ao consumo e à mídia, expondo os motivos que as levou à pesquisa e quais os referenciais teóricos utilizados.

Finalizamos o Balbúrdia com o prof. Sandro falando sobre as mensagens subliminares presentes nas músicas, com a profª. Renata informando sobre a utilização das cores na propaganda. A profª. Renata também indicou um livro: O filtro invisível que a internet está escondendo de você, de autoria de Eli Pariser (2012).
Millaine Carvalho - Acadêmica do 1º Semestre de Letras
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balbúrdia na Unipampa, Amor (31/08)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balbúrdia no Centro Público de Economia Solidária, Heróis (17/08)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balbúrdia na Casa de Cultura, Fé (06/07)


Balbúrdia na Casa de Cultura, Politicamente (in)correto (22/06)


Balbúrdia na Casa de Cultura, vamos colocar nosso bloco na rua! (08/06)



Balbúrdia Militância

Militância! Ser militante significa estar inserido em uma causa, ação ou organização, na sua maioria, política, identificar-se com diversas práticas, teorias e até mesmo ideologias. Esse foi o tema do quinto Balbúrdia, atividade de greve, realizado na sexta feira, 08 de junho de 2012.
Primeiramente, para criar o ambiente de Balbúrdia e aguardar o público, foi exibida a música “Destrua o controle” da banda de rock “Militantes – Destrua o controle”. Após, foi apresentado o videoclipe “Artista dando lição de moral em policiais militares com atitude fascista”, no qual é demonstrada a atitude de policiais abusando de seu poder, agredindo e logo prendendo um cidadão que estava simplesmente fazendo manifestação artística contra a violência.
Em seguida, a Profª. Drª. Renata Silva fez breves esclarecimentos sobre militância, baseada no livro “A invenção do cotidiano – Artes de fazer”, onde o historiador e autor Michel de Certeau – (1980) analisa o modo como os seres humanos individualizam a sua cultura e acredita que as pessoas devem indagar tudo e a todos, afinal, a rede de vigilância não abrange todos os lugares.
Para traçar um paralelo entre a repressão e a expressão, o Prof. Me. Sandro Mendes leu uma parte do conto chamado “Grafitti”, história de um jovem rapaz que, em tempos de repressão, acaba se utilizando da arte de grafitar como forma de expressão. Esse conto está inserido no livro “Cuentos completos / 3”, de autoria de Julio Cortázar.
Ocorreu então a projeção do videoclipe “Indiretas Já”, com uma música cantada por apresentadores da MTV. É uma paródia que expressa críticas em relação à televisão brasileira. A partir da música, o Prof. Sandro Mendes mencionou o conceito de contracomunicação.
Após, a Profª. Renata fez referência ao fundador da Análise do Discurso, Michel Pêcheux, que expõe teorias do modo como a linguagem é determinada pela ideologia. Sobre o autor, foram destacadas suas considerações a respeito do discurso revolucionário.
Posteriormente, ocorreu a apresentação de outros vídeos, um deles traz reflexões a respeito da mídia, o outro é da filósofa brasileira Marilena Chauí, que comenta a greve na Universidade de São Paulo e o descaso com a educação no país onde vivemos (Brasil), além de criticar o modo como os cidadãos são tratados quanto decidem fazer manifestação, sendo que a “resposta” do governo é sempre a mesma: a polícia.
O prof. Sandro citou a seguinte frase: “Aja como se o que você faz fizesse diferença”, de Willian James. Como último vídeo, foi exibido “Despabílate amor”, do poeta, escritor e ensaísta uruguaio Mario Benedetti.
Para finalizar, “o Balbúrdia fez chover”, com a dinâmica que está disponível no seguinte site: http://www.youtube.com/watch?v=tvT3zxqItqU&feature=share. Nela, o público do Balbúrdia provou que a união faz a diferença e o barulho e que todos unidos por um mesmo ideal podem fazer a mudança.
Millaine Carvalho
Aluna do 1º Semestre do Curso de Letras










Balbúrdia segue mesmo com greve, pois é uma atividade de extensão. Então nesta sexta, vamos rir de tudo isso... (18/05)



Balbúrdia metido a engraçadinho

Na sexta-feira, 18 de maio, realizamos o quarto Balbúrdia, cujo tema foi humor. Em princípio, foi apresentado o videoclipe da música “Ievan Polka” de Loituma, um jovem quarteto que combina uma série de sons de Katele (harpa) com a tradição finlandesa.
Após, os “âncoras” Prof. Sandro Mendes (Unipampa) e Prof. Paulo Olmedo (Mestrando Furg) apresentaram uma série de notícias retiradas do jornal Sensacionalista: “um jornal isento de verdade”, que produz notícias fictícias, muitas vezes reproduzidas como reais por outros veículos de comunicação. As seguintes notícias provocaram o riso do público: Para elevar o nível, chimpanzé inteligente será a próxima participante do BBB; Começou hoje o prazo para entregas das piadas “para nossa alegria”; Novidade útil: empresa lança GPS para controle remoto; Apple lança dispositivo para que fãs se comuniquem com Steve Jobs: o Chico Xavier; Casal de São Paulo batiza filho como “Facebookson” e causa polêmica no mundo; Cientistas descobrem que ver fotos de comida nas redes sociais também engorda. A cada término de notícia, apareciam diferentes tipos de risos (bebês, bruxas, multidão, homens, mulheres), atribuídos a plateias em programas, principalmente humorísticos.
Em seguida, a Profa. Renata comentou alguns fragmentos do livro “História do Riso e do Escárnio”, de autoria do historiador francês Georges Minois (2003). Também salientou a função do riso na sociedade contemporânea, que, segundo Minois, transforma alegria em antiestresse.
Logo depois, ocorreu a projeção de um videoclipe do programa “220 volts”, exibido no canal Multishow. O comediante Paulo Gustavo assume várias posições: faz stand-up comedy, vai às ruas fazer entrevistas e ainda grava quadros humorísticos, onde aparecem personagens como “Senhora dos Absurdos”, “Guto”, “Sem noção”, “Dona Hermínia”, “Anjo”, “Mulher de época” e “Mulher feia”. No Balbúrdia, o público assistiu a uma crítica do apresentador sobre o desprezo ao comediante, que não é considerado ator.
Após, o Prof. Sandro comentou ideias do livro “O Riso – Ensaio sobre a significação da comicidade”, de Henri Bergson (2007). Conforme a sinopse da obra, o autor, com base nos três artigos que compõem “O Riso”, tenta responder: “O que significa o riso? O que há no fundo do risível? O que há de comum entre uma carta de palhaço, um jogo de palavras e uma cena do comédia fina?”.
Posteriormente foi exibido o vídeo “O contador de piadas”, do humorista, ator e roteirista Bruno Mazzeo, quando esteve no programa do apresentador Jô Soares. Depois, os professores Sandro Mendes e Paulo Olmedo, valendo-se de suas experiências no teatro, convidaram o espectador do Balbúrdia e ator Eduardo Alimena para uma breve encenação de “A maldição do Vale Negro”, de Caio Fernando Abreu e Luiz Arthur Nunes.
Foi feita então uma dinâmica coletiva: o envelope surpresa de piadas. A cada pausa de um tipo de risada, o participante que ficou com o envelope na mão deveria ler uma piada.
Retornando às abordagens teóricas do riso, a profa. Renata mencionou o livro “As Paixões Ordinárias – Antropologia das Emoções”, que aborda a antropologia das emoções e das culturas, de autoria do antropólogo e sociólogo francês David Le Breton (2009). Para relacionar o riso com a cultura, foi utilizado o livro “Cultura – Um Conceito Antropológico”, do autor Roque de Barros Laraia (2008).
Como finalização, os professores Sandro e Paulo novamente transformaram-se em “âncoras”, desta vez, simulando um telejornal que satirizava notícias publicadas em jornais impressos de Jaguarão. As notícias foram alvo de inversões e acréscimos, que permitiram brincadeiras relacionadas à Unipampa, professores da área de Letras e alunos.
Por fim, ainda foram aplicadas “técnicas do riso” e realizado um exercício teatral que objetiva descontrair através do riso. Assim terminou o Balbúrdia “metido a engraçadinho” que destacou, sob perspectivas teóricas, culturais, artísticas, midiáticas, teatrais, a seriedade do humor, sem deixar de criar um ambiente hilariante em um lugar por vezes tão “sisudo”: a universidade. Deste Balbúrdia parece ter ficado uma reflexão sobre a necessidade de exercitarmos mais vezes a junção da seriedade e da comicidade, espécie de “par romântico” ideal para ser presentificado em lugares “casados” com o ensino.

Millaine Carvalho – Aluna do 1º Semestre do Curso de Letras
Profa. Renata Silva – Curso de Letras





















Neste terceiro Balbúrdia teremos um formato diferente, afinal, são muitas as nuances do tempo (04/05)




Tempo no Balbúrdia, tempos de Balbúrdia
  
Uma incursão pelo tempo! Assim foi o terceiro Balbúrdia, momento em que o tempo foi inscrito no corpo dos participantes, organizados em dois círculos representativos dos movimentos do relógio. O círculo interno e o externo deveriam se movimentar, enquanto alguém ficava no centro. Vez ou outra um adepto da “bagunça” teórico-cultural tinha de responder a alguma questão, do tipo, “Em que hora almoças?”, “Em que hora tomas banho?”. Mas não se enganem com a aparente simplicidade da dinâmica! Respostas deveriam ser dadas com os braços posicionados tais como ponteiros de relógios. Daí resultava que quem estivesse parado na frente da “hora cheia” teria de escolher um “pensatempo”, isso mesmo!, pensatempos nomeavam provérbios relacionados ao tempo. E cada provérbio era um portal para “nuances do tempo” na música, na poesia, na teoria.
Mas iniciamos o balbúrdia assim? - Não. A dinâmica do relógio foi o segundo momento, primeiramente o prof. Sandro reviveu seus tempos de Azul Revés, banda da qual foi vocalista de 1997 a 2001. Voz e violão apresentaram “Caminho inverso”. Ainda sob o som dessa música, o tempo se apresentou ao público através das palavras da psicanalista Maria Rita Kehl, lidas pela profa. Renata.
O provérbio O tempo vai-se e com ele nós vamos dava acesso a uma poesia,  “O tempo”, de Manoel Barros. Já o pensatempo O tempo rói o ferro, quanto mais o amor  nos levava à crônica “Os dentes do tempo”, do filósofo e educador Mário Sérgio Cortella (Não nascemos prontos! Provocações Filosóficas, 2000). Eis o tempo que “devora certezas, materialidades, expressões, relações e, anuncia rupturas, esquecimentos” (p. 91-2).
Com mais movimentação, perguntas e escolhas, elegemos O tempo anda e desanda, que apresentava um videoclipe da banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju. A música retrata um tempo invejoso de um casal afinado. Do ciúmes do tempo veio a rapidez no passar das dias, temida pelo apaixonado, que indaga o tempo interferindo no amor, até então desconhecido. O próprio clipe tematizava a noção de tempo, pois foi gravado em tempo real, mas com a música tocando mais devagar. Os músicos (que faziam uma apresentação online), faziam (dançavam em) movimentos lentos. Assim, logo após a gravação, se aumentou a velocidade e foi apresentado àqueles que assistiam via internet, o clipe, com a voz no tempo certo, e com toda a movimentação rápida.
O pensatempo O tempo que se perde, não se torna mais a achar nos fazia retornar a Cortella. Desta vez, não se tratava da leitura de uma crônica, mas da visualização de um trecho em vídeo da palestra “Não nascemos prontos” em que Cortella trata das tecnologias influenciando na nossa relação com o tempo e dirimindo nossa paciência. No trecho escolhido, as críticas são sobre o uso do controle remoto.
O provérbio É preciso dar tempo ao tempo nos apresentava a música “Lento”, de  Julieta Venegas, interpretada por Sandro Mendes. Novamente amor, tempo e música se entrelaçam, criando um clima de nostalgia logo rompido pelo novo pensatempo O tempo só é ruim para quem não pode esperar, que fazia balburdianos reinterpretarem as palavras de Cortella, em “Não nascemos prontos! Provocações Filosóficas: “Vai demorar pra ficar pronto? Vou demorar para aprender isso? A conexão é demorada? A leitura desse livro é demorada? A visita ao museu é demorada? O culto é demorado? Cuidar mais do corpo é demorado? Demora pra fazer essa comida? Então, não posso querer” (CORTELLA, M.S, 2010, p. 20).
Por fim, O tempo dirá remontou ao primeiro Balbúrdia, quando conhecemos a filósofa e poeta Viviane Mosé. Para finalizar as “nuances do tempo”, concordamos com Mosé que “a vida anda passando a mão em” nós,  e, falando em sexo, o tempo anda nos comendo, por mais que tentássemos nos esconder, ele nos pegava “à força e por trás”. Mas temos de “encará-lo de frente” e dizer: “tempo se você tem que” nos “comer”, “que seja com o” nosso “consentimento”. Ganhamos o tempo, que vem sendo bom. Andam dizendo que remoçamos. 






















Venha desafiar seu medo no segundo Balbúrdia sexta-feira (13/04)




Balburdiando pela segunda vez

Na sexta-feira, 13 de abril, realizamos o nosso segundo “Balbúrdia”, que teve por tema “Medo não tem Data”. O encontro demonstrou alguns temores usados muitas vezes como meio de “controle” da sociedade e a necessidade psicológica do ser humano de temer, pois é o medo que o impulsiona para o progresso e a evolução.
Como primeiro subsídio, o prof°. Sandro Mendes leu a letra da canção “Nassíria e Najaf”, da cantora brasileira Karina Buhr, seguida do videoclipe. O refrão “Dorme logo antes que você morra” exemplifica a condição psicossocial do povo que vive em zonas de conflito e de guerra. A própria autora designa a música como “canção de ninar”, que parece destinada a crianças indefesas perante as violências sociais. Os pequenos convivem com uma realidade que se não os mata, os condena a viverem  com  cicatrizes.
Em seguida, foi projetado um vídeo do historiador Leandro Karnal, que, no módulo “Uma agenda para o medo”, trata da religião como temor e tremor. O vídeo foi extraído dos arquivos do programa de web TV “Café Filosófico”. Neste breve ensaio sobre a cultura do medo, Karnal, dando enfoque aos segmentos religiosos da tríade judaico-cristã-islâmica, mostra que as religiões se valem da imagem de um Deus vingativo e cruel, como meio de atemorizar as massas. Karnal lembra que as igrejas enchem-se mais quando tratam de temor ao invés de amor.
              Por último, foram apresentados  outros dois autores: Tzvetan Todorov e Eduardo Galeano. O primeiro, em “O medo dos Bárbaros”,  trata do medo interferindo nas organizações político-sociais. O segundo, no vídeo “El miedo manda”, versa sobre o império do medo na sociedade atual.
             Ao final, os bolsistas Leonardo Messias e Jonas dos Santos apresentaram duas dinâmicas de grupo, “a caixa misteriosa”, que consistiu em uma caixa misteriosamente embalada, que, de mão-em-mão, passou por todos os participantes, os quais, por receio de que trouxesse um mau presente, quase que em disparada entregavam-na aos colegas.  A discente Soledad Baladán foi a felizarda: no lugar da possível “triste” surpresa, havia um “Doce” presente! Na segunda dinâmica, “estourando os receios”, os participantes foram encarregados de “inflarem” suas más emoções e sentimentos em um balão e como forma de superá-los (ao menos alegoricamente), estouraram, num ritual de alegria que visou à externalização dos medos como estratégia para diminuí-los.

Santiago Bretanha e Millaine Carvalho
Acadêmicos do 1º Semestre do Curso de Letras da Unipampa
Bolsistas do NELPP

















Venha conhecer o primeiro Balbúrdia sexta-feira (30/03) 





Balburdiando 

No dia 30 de março, realizamos o primeiro Balbúrdia seção do NELPP (Núcleo de Estudos Linguísticos e Pedagógicos do Português), que deu enfoque à psicóloga, psicanalista, filósofa, escritora e poeta Viviane Mosé.
Em meio a um ambiente inspirador e dinâmico, foi colocada de uma maneira mais prática e plausível a linguagem como meio de manifestação de nossas ideias, tanto através de textos, vídeos como através da música e da oralidade.
Em síntese com os objetivos do Balbúrdia, foi apresentada a banda canadense Arcade Fire, uma banda de indie rock (Rock Alternativo), conhecida pelo excesso de instrumentos no palco.  A “irreverência” de Arcade Fire entrou em consonância com nosso balburdiar.
Através de vídeos, foram recitados dois poemas de Viviane Mosé: Poema chão, apresentado no Congresso Pensar (2009) e Receita pra lavar palavra suja, apresentado em um programa de Web TV chamado Café Filosófico.
Ambos os poemas tratam da palavra como meio de expressão, sendo o primeiro uma crítica à “tumorização” ou à calcificação das emoções retidas devido aos melindres sociais, além de tratar da necessidade do homem de ser racional, emocional e livre; enquanto o segundo texto trata do desgaste das palavras e da aspiração por uma revalorização dos seus significados.
Foi aberto espaço para discussão, quando todos demonstraram as mais variadas interpretações para os poemas em destaque.
Por fim, em um último vídeo de Mosé, foram discutidos educação e método de ensino, tal como o verdadeiro papel do professor, não mais quem ensina, mas quem estimula o aluno à aprendizagem por si próprio, a desierarquização do saber promovido pela internet, a contextualização como meio de estimular o interesse do aluno pelo conhecimento e a escola e a universidade como meios democráticos e de convívio ético, antes de instituições de ensino e formadoras de saberes.


  Santiago Bretanha Freitas
Acadêmico do 1º Semestre do Curso de Letras da Unipampa
Bolsista do NELPP



   
   


O que é o "Balbúrdia"

O projeto de extensão Balbúrdia caracteriza-se como atividade teórico-cultural que visa oportunizar aos participantes, principalmente alunos do curso de Letras, contato com saberes advindos de outras áreas do conhecimento, tais como a Filosofia, a Sociologia, a História, a Psicanálise, a Comunicação, a Política. Ademais, sensibiliza o público-alvo para o discurso artístico, via referência à música, à literatura, ao teatro, à imagem e ao cinema. Essa proposta balburdia, mescla, interliga reflexões de caráter teórico com apresentação de produções linguageiras cotidianas, assim, é possível suscitar o gosto por preceitos que elucidam a percepção da vida, também é possível valer-se das linguagens para exemplificar e dar concretude a certas abstrações que permeiam a esfera acadêmica. A justificativa para o Balbúrdia é a necessidade de criarmos estratégias para que os acadêmicos percebam o curso de Letras interligado a outros campos do conhecimento, que vêm nos informar sobre nosso objeto de estudo: a linguagem verbal e funcionamento nas instâncias sociais. Além disso, nossos alunos, quando professores, terão como objeto de trabalho textos, discursos, mais profundamente interpretáveis quando pensarem escolhas linguísticas motivadas por questões exteriores ao texto. Mostrar recortes do social que contornam textos, rondam discursos é o que o Balbúrdia pretende. Os encontros ocorrem quinzenalmente, às sextas-feiras, às 18h. Cada Balbúrdia tem uma dinâmica e um tema diferente, mas são comuns aos vários Balbúrdias os seguintes recursos: vídeos curtos, leitura de fragmentos de textos teóricos ou literários, músicas, dinâmicas de integração, decoração do espaço (sala de aula), encenações, experiências sensoriais. Na elaboração de cada encontro prevemos momentos de “quebra”, de “ruptura” que façam jus ao nome do projeto. O Balbúrdia é um dos projetos de extensão do Núcleo de Estudos Linguísticos e Pedagógicos do Português, NELPP, é coordenado pelos professores Renata Silva e Sandro Mendes e está em consonância com uma das finalidades do Núcleo: o incentivo a reflexões nem sempre possíveis de serem inclusas no conteúdo programático das disciplinas do Curso de Letras.