Neste terceiro Balbúrdia teremos um formato diferente, afinal, são muitas as nuances do tempo (04/05)


Nelppianos iniciam discussões sobre a Análise de Discurso


     No dia 25 de abril, quarta-feira, o NELPP realizou a primeira discussão coletiva sobre a Análise de discurso de linha francesa (AD), linha teórica que embasa os Projetos de Pesquisa e Extensão “Discurso, mídia e escola”. Os alunos Leonardo Messias, Jonas dos Santos, Francine Farias, Nathália Araújo, Renan Cardozo e Wellyanna Santos participaram e suas contribuições permitiram que fosse criado um interessante espaço de provocações teóricas e alusões a discursos cotidianos. Alguns nelppianos não puderam participar por terem aderido às mobilizações estudantis agendadas para o dia 25.
      Previamente ao encontro, ficou acordada a leitura de páginas iniciais de “Análise de Discurso: princípios e procedimentos”, de Orlandi (1999), autora “mãe” da AD no Brasil, pois divulgou no país a disciplina surgida na França, sob a paternidade de Michel Pêcheux.
    No próximo encontro, os nelppianos continuam discutindo conceitos do livro de Orlandi, basilar ao conhecimento das especificidades da AD face a outras teorias do texto e do discurso.

“Mídia” é debatida em projetos de pesquisa do Curso de Letras da Unipampa



No dia 20 de abril, os projetos de pesquisa “Discurso, Mídia e Escola” e “Cultura, mídia e fronteira” realizaram a primeira discussão sobre “mídia”, tema comum das investigações dos professores Renata Silva e Sandro Mendes, coordenadores.
A temática reuniu bolsistas PBDA dos dois professores e voluntários, totalizando quinze participantes, graduandos de Letras, e mais um aluno do curso de Turismo, que soube do encontro e voluntariou-se para participar.
“Simulacro e Poder: uma análise da mídia”, de Marilena Chauí (1999), foi a primeira leitura. Fragmentos do artigo que intitula o livro foram debatidos à luz de exemplos trazidos pelo grupo. Os integrantes destacaram, das críticas da filósofa ao funcionamento da mídia, a quebra de fronteiras entre as esferas pública e privada; o apelo às “personalidades públicas” para validar produtos, dotados de credibilidade pela fama de quem os anuncia, por exemplo.
O espetáculo, pertencente ao campo da visão, é peculiar às manifestações culturais, mas o que acontece quando o espetáculo é evidenciado pelos meios de comunicação de massa? O consumismo, a banalização, a despolitização, a massificação são algumas respostas apontadas por Chauí.
Segundo a coordenadora do projeto “Discurso, mídia e escola”, profa. Renata Silva, ver a turma de alunos predispostos a relacionar mídia, linguagem, escola, cultura e fronteira foi empolgante para o investimento em novos projetos e publicações. O prof. Sandro Mendes, coordenador de “Cultura, mídia e fronteira”, afirma que a base teórica que está se consolidando é muito importante para análises da mídia nas cidades de Jaguarão e Rio Branco. O professor comentou que o grande número de participantes enriquece o debate e repercutirá na elaboração de pesquisas, mesmo que nem todos os alunos escrevam artigos acadêmicos.
Os encontros acontecem quinzenalmente, às sextas-feiras, para que os alunos façam leituras específicas dos projetos a quais estão vinculados nas demais semanas.


CRÉDITOS MUSICAIS




Música "Nassiria e Najaf"

Eduardo Galeano


Para refletirmos sobre o medo...

Tzvetan Todorov

Além de Karnal, trouxemos para discussão trechos do livro "O medo dos bárbaros"










         O medo dos bárbaros, Vozes, 2010.
(Para ter acesso às informações do livro, clique no nome)


Duas das publicações de Karnal:




       Históriados Estados Unidos, Contexto, 2007.
(Para ter acesso às informações do livro, clique no nome)

























          




 Históriana sala de aula, Contexto, 2003.
(Para ter acesso às informações do livro, clique no nome)

Medo não tem data!


Nosso 2º Balbúrdia testou os medos...

CPFL: No módulo “Uma agenda para o medo”, cujo curador foi Luiz Felipe Pondé, o historiador Leandro Karnal trata da religião como temor e tremor.



“Praticamente todas as religiões exploram  profundamente a noção de medo”
“Nas metáforas de origem agrária que com frequência nós utilizamos na área religiosa e que eu reclamo porque para os jovens não significa mais nada, dizer por exemplo “eu sou a videira vós sois os ramos, o senhor é meu pastor e nada me faltará,” para os jovens talvez nós devêssemos usar a metáfora senhor é meu provedor de banda larga e ele nunca cairá, isso faria muito mais sentido hoje do que as metáforas agrário-pastoris”.
“O Deus do outro causa tanto medo como o meu Deus”.
O medo é uma parte da religião em si
“É muito difícil que os líderes religiosos não apelem ao medo, interpretação possível, sociológico, histórica: o medo enche mais as igrejas do que o amor,”.
“O medo é muito importante porque ele constitui um elemento discursivo que reforça a instituição religiosa”.
“o medo da ação do demônio é muito mais eficiente que a doçura da presença de Deus”










              Possui graduação em Historia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1985) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1994). 

     Atualmente é RDIDP da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de História. Atuando principalmente nos seguintes temas: Catequese, Representação, Conqusita Espiritual, Co.

CRÉDITOS MUSICAIS





Ventana Sobre La Palabra



Magda Lemonnier recorta palabras de los diarios, palabras de todos los tamaños, y las guarda en cajas. En caja roja guarda las palabras furiosas. En caja verde, las palabras amantes. En caja azul, las neutrales. En caja amarilla, las tristes. Y en caja transparente guarda las palabras que tienen magia.
A veces ella abre las cajas y las pone boca abajo sobre la mesa, para que las palabras se mezclen como quieran. Entonces, las palabras le cuentan lo que ocurre y le anuncian lo que ocurrirá.


Mais Mosé no 1º Balbúrdia - Agora falando em Edgar Morin


“A palavra ensinar pode sair do nosso vocabulário”,
“A gente só aprende o que nos toca, afetivamente, humanamente, o que nos move”
“O professor não tem condição de saber mais que o aluno o tempo inteiro, todas as coisas, não tem.”
Quem vai estar no auge? Quem vai ser o papa do pensamento? O curioso, o criativo, o instigador, o sempre disposto a novas questões, não aquele que apenas acumula conteúdo.

LINK DO VÍDEO

Algumas publicações de Mosé como poeta:



 POESIA



Desato - Poemas 
Editora Record - 2006



            Toda Palavra - Poemas -Editora   Record - 2008








           Pensamento chão - Poemas -          Editora Record - 2007




“Lágrima é dor derretida
Dor endurecida é tumor
Lágrima é alegria derretida
Alegria endurecida é tumor
Lágrima é raiva endurecida
Raiva endurecida é tumor
Lágrima é pessoa derretida
Pessoa endurecida é tumor
Tempo endurecido é tumor
Tempo derretido é poema”

    Trecho “PoemaPreso”, de Mosé
      Livro Pensamento Chão, Sete Letras, 2011



 Receita para lavar palavra suja  - Coletânea de Poemas escolhidas pela autora - Arteclara – 2004



 “ Muito valioso na arte de lavar palavras
é saber reconhecer uma palavra limpa.
     Para isso conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos
que passeie pelas expressões dos seus sentidos.
Á noite, permita que se deite,
não a seu lado, mas sobre seu corpo.
Enquanto você dorme
a palavra plantada em sua carne
prolifera em toda sua possibilidade.
Se puder suportar a convivência
até não mais perceber a presença dela,
então você tem uma palavra limpa.
  Uma palavra limpa é uma palavra possível”

Trecho “Receita para lavra palavra suja”, de Mosé
Livro Receita para lavar palavra suja  - Coletânea de Poemas escolhidas pela autora - Arteclara – 2004

Algumas publicações de Mosé como filósofa:

                                                                                        






                  Nietzsche e a grande política da     
linguagem (Editora Civilização Brasileira, 2005)

Trata-se da tese de doutorado defendida em janeiro de 2004, onde a autora, a partir do pensamento de Nietzsche, coloca a linguagem em questão, apontando a necessidade de o homem repensar sua relação com os signos de comunicação.



















Beleza, feiúra e psicanálise(Contracapa, 2004).

O presente livro foi organizado por Viviane, junto com Chaim Katz e Daniel Kupermam, tendo como base o congresso realizado pela Formação Freudiana com o mesmo nome. O artigo de Viviane no livro se intitula “A literatura e o vazio”.

Nosso primeiro Balbúrdia dançou sobre as palavras de Viviane Mosé.


Quem é?
É psicóloga e psicanalista. Mestra e doutora em filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Escreveu e apresentou, em 2005 e 2006, o quadro Ser ou não ser, no Fantástico, onde trazia temas de filosofia para uma linguagem cotidiana.
[...] como palestrante e consultora, dedica-se a pensar os desafios das novas lideranças e as novas relações de trabalho na sociedade do conhecimento.

Fonte: http://www.vivianemose.com.br/#

NELPP de onde vim, para onde vou!

O Núcleo de Estudos Linguísticos e Pedagógicos do Português, o NELPP, vincula-se à área de língua materna do Curso de Letras Português-Espanhol da Universidade Federal do Pampa, campus Jaguarão. Frequentemente, circulam dizeres sobre a necessidade de integrar teorias linguísticas e prática docente no ensino da língua portuguesa, sobre a necessidade de integrar saberes advindos da universidade e da escola. O NELPP surge a partir dessas falas entrecortadas que convergem por pensar questões de linguagem, seja em um viés teórico, seja em um viés teórico-prático. Tais falas divergem por advirem de posições teóricas diferentes e serem enunciadas por sujeitos em lugares sociais diferentes: professores universitários e da educação básica, estudantes e egressos do Curso de Letras. Essas vozes formam uma memória que culmina na criação do NELLP, espaço pensado para congregar alguns desses dizeres, que, de entrecortados, segmentados, dispersos, podem se tornar mais próximos, ligados, misturados. O Núcleo quer abrigar dizeres heterogêneos sobre a língua e pô-los em contraponto, testar suas dissonâncias, para, quem sabe, com a produtividade desses diálogos, movimentar a memória sobre as questões de linguagem, enriquecê-la com experiências, aprendizados e trocas, muitas trocas.

Profª. Dra. Renata Silva
Coordenação NELPP